Uma das imagens mais bonitas que existem é a de uma mãe amamentando seu bebê. Além de ser um ato de amor, a amamentação reforça os laços entre os dois e possibilita à criança uma alimentação ideal, visto que o leite materno possui uma quantidade certa de nutrientes que são facilmente digeridos pelo bebê, fazendo com que ele cresça forte e saudável.
Mas não pense que a amamentação só beneficia os pequenos.
Um estudo realizado por pesquisadores norte-americanos e chineses, e publicado em junho de 2017 pela revista da American Heart Association, revelou indícios de que os benefícios da amamentação não se resumem apenas à saúde do bebê.
São várias as vantagens da amamentação para as mulheres por conta das alterações em seu corpo, que podem trazer benefícios à saúde, tanto no período em que amamenta, quanto no futuro.
A seguir, você poderá conferir 3 destes benefícios.
Caso você tenha alguma dificuldade ou dúvida quanto à amamentação, procure o seu pediatra. Ele lhe ajudará a superá-las.
Prevenção da mulher contra o câncer de mama
Segundo a Sociedade Brasileira de Pediatria, pesquisadores estimam que o risco de a mulher que amamenta contrair câncer de mama é 22% menor comparado com o das mulheres que nunca amamentaram.
Essa proteção aumenta com o tempo de amamentação, sendo de 7% se, somando o tempo de amamentação de todos os filhos, ele for inferior a 6 meses; de 9% se esse tempo for entre 6 e 12 meses; e de 26% se chegar a 1 ano.
Além disso, mesmo se as mulheres desenvolverem câncer de mama e forem submetidas à cirurgia, as que amamentaram por mais de 6 meses têm um risco aproximadamente 3 vezes menor de morrer pela doença, comparadas com aquelas que tiveram uma história de amamentação menor que 6 meses.
Dessa forma, a amamentação, além de prevenir o aparecimento do câncer de mama, aumenta a sobrevida em mulheres com esse tipo câncer.
Prevenção da mulher contra o câncer de ovários e de endométrio
As mulheres que amamentam têm menor risco de desenvolverem câncer de endométrio (revestimento interno do útero) e de ovário, principalmente se a amamentação for prolongada.
Estudos mostram que, para cada mês a mais de amamentação, somando-se o aleitamento materno de todos os filhos, o risco cai 2% para cada ano de amamentação, só para o câncer de ovário.
Prevenção da diabetes tipo 2
Um estudo publicado na revista médica JAMA Internal Medicine, em março de 2018, acompanhou 1.238 mulheres durante 30 anos, levando em consideração fatores de risco para a doença, como obesidade, estilos de vida ou antecedentes familiares de diabetes, além de resultados perinatais.
O resultado do estudo mostrou que o risco de desenvolver diabetes tipo 2 em mulheres que amamentam diminui quando comparado com o de mulheres que nunca amamentaram:
- Diminui 25% nas mulheres que amamentaram durante menos de seis meses;
- Diminui 47% nas mulheres que amamentaram durante mais de seis meses.
Segundo os pesquisadores, diversos processos biológicos podem explicar os efeitos protetores da amamentação no corpo materno, nomeadamente a influência das hormonas associadas ao aleitamento nas células do pâncreas que controlam os níveis de insulina no sangue, diminuindo o risco de diabetes tipo 2.
Agosto Dourado
Destacar a importância do aleitamento materno é tão necessário que até uma lei federal foi sancionada para definição do mês de agosto como “Agosto Dourado”.
Trata-se de uma alusão ao Dia Mundial da Amamentação, comemorado em 1º de agosto, e à SMAM (Semana Mundial do Aleitamento Materno), que vai de 1 a 7 de agosto, além das ações realizadas na área da saúde para promoção da amamentação.
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