7 perguntas e respostas sobre o desmame

7 perguntas e respostas sobre o desmame
Confira neste artigo, 7 das dúvidas mais comuns que toda mamãe costuma ter na hora do desmame e como superar certas dificuldades deste momento.

Para algumas mamães, o fim da amamentação pode ser tão cheio de dúvidas e angústias quanto o início dela. Afinal, esse é o primeiro desligamento que acontece entre mãe e filho.

É normal que diversas mamães fiquem com receio de que seu filho fique desnutrido ou até mesmo sinta essa falta do vínculo afetivo que o aleitamento materno pode proporcionar.

Pensando nisso, trouxe neste artigo algumas orientações e respostas para 7 dúvidas que mais surgem nessa fase.

01. "Há uma idade exata para o desmame?"

Um momento ideal para todos não existe. Porém, segundo recomendações do Ministério da Saúde, da Organização Mundial da Saúde, da Academia Americana de Pediatria e também da Sociedade Brasileira de Pediatria, o ideal é que a amamentação ocorra exclusivamente até os 6 meses de vida do bebê e que seja complementar até os 2 anos.

Na verdade, a hora do desmame depende de criança para criança, assim como da mamãe e seu estilo de vida.

Em muitos casos, após iniciar a introdução alimentar aos 6 meses, os pequenos tendem a ficar tão entretidos com as novas comidinhas e com as novas possibilidades, como engatinhar e andar, que acabam perdendo o interesse pelo peito.

Então, em outras palavras, o próprio bebê costuma dar o sinal desse fim. Porém, é importante que, mesmo com esse sinal, a decisão do desmame seja tomada junto ao pediatra para que este processo não interfira na saúde da criança.

02. "Depois do desmame, como devo dar leite ao meu filho?"

Segundo alguns órgãos especializados, o ideal é oferecer o leite aos pequenos em um copinho para evitar certos problemas de mastigação e de fala. Problemas estes que podem surgir com a utilização da mamadeira.

E se você acha impossível dar o leite em um copinho, saiba que uma pesquisa realizada na Suécia e publicada no Jornal de Pediatria da Sociedade Brasileira de Pediatria, comprovou que bebês são sim capazes de usar copinhos para tal feito.

Segundo o estudo, os movimentos que os bebês fazem quando sugam o leite no peito é mais parecido com os movimentos realizados na utilização do copinho do que na mamadeira.

Então, pergunte ao pediatra de seu filho como utilizar tal técnica. Pois, apesar da mamadeira aparentar ser mais prática, ela pode acarretar problemas futuros.

03. "Qual leite ofertar no lugar do leite materno?"

Como mencionei mais acima, o leite materno pode ser dado ao pequeno como forma complementar até os 2 anos de vida, porém há alternativas, como é o caso das fórmulas especiais em pó.

Tais fórmulas são semelhantes ao leite materno, ricas em vitaminas e de fácil digestão para o organismo dos pequenos. Porém, nunca substitua o leite de peito por qualquer outro sem antes conversar com o pediatra. 

Aliás, vale ressaltar que crianças menores de 1 ano jamais devem consumir leite de vaca, por conta de sua digestão ser mais difícil e por causa de grande risco de alergias.

04. "Como faço para parar de amamentar sem que meu filho sofra com isso?"

Bebê chorando

Assim como qualquer outro “corte”, o segredo é ir fazendo de modo gradativo, aos poucos.

Nesta fase, o início do desmame deve ser feito juntamente com a introdução alimentar, que é um período onde os pequenos passam a consumir alguns alimentos em certos horários e leite materno em outros. Então, escolha algum destes horários onde haverá a mamada e tente ir substituindo o peito pelo copinho ou mamadeira, e veja a reação da criança.

Conforme o pequeno for se habituando, vá fazendo essa substituição em outros horários também. E, para que sejam menores as chances do bebê estranhar, faça essa substituição do peito para o copinho ou mamadeira utilizando o leite materno, ofertando-o em um destes recipientes. 

05. "Com o desmame, meu filho pode ficar desnutrido?"

Enquanto o bebê estiver ingerindo leite materno ou uma fórmula especial, assim como alimentos saudáveis, dependendo da fase de seu desenvolvimento, ele não ficará desnutrido. 

Lembrando que, em toda sua fase de desenvolvimento, inclusive no momento do desmame, é de extrema importância o acompanhamento do pediatra. 

06. "É normal a criança rejeitar o peito depois que a mamãe volta a trabalhar?"

Sim! Os pequenos podem estranhar a falta da mãe no momento de receber o leite de um outro modo. Rejeitar o peito é um sinal disso. 

Até que o bebê se acostume com os novos modos de ser alimentado, é preciso que a mamãe tenha paciência, assim como a pessoa que está cuidando deste processo enquanto ela trabalha.

Uma dica bacana é que esta pessoa possa tornar especial esse momento da refeição, buscando realizá-lo em um local calmo para que o pequeno fique aconchegado. Assim o bebê começará a gostar de comer dessa maneira também.

Quando for o momento da mamãe dar de mamar no peito, o ideal é que isso seja feito em lugares de costume para diminuir a estranheza do pequeno. Porém, caso ele rejeite o peito, talvez seja o momento de começar o desmame total.

07. "Parei de amamentar, mas meus peitos continuam cheios de leite e doloridos. O que devo fazer?"

Se ainda há muito leite, talvez o desmame tenha sido feito rápido demais. 

Quando há uma diminuição das mamadas, o organismo da mãe entende que não é mais necessário produzir tanto leite e, então, reduz sua quantidade. Porém, quando o desmame é feito de uma forma muito rápida, impossibilita que o organismo tenha essa percepção, mantendo a produção igual de leite, mesmo sem que o bebê mame. 

Em casos assim, o ideal é que a mamãe ordenhe suas mamas até sentir-se confortável, mas sem retirar todo o leite, pois isso acabaria estimulando a produção. É recomendável também o uso de compressas frias nas mamas por dez minutos e, caso isso não resolva o problema, é preciso buscar o auxílio do pediatra. 

Dr Wesley Pediatra Santo Antonio da Platina

Dr. Wesley de Moraes Pereira Junior

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Sobre Dr. Wesley Pediatra Santo Antônio da Platina

Dr. Wesley Jr.

O Dr. Wesley de Moraes Pereira Junior é graduado na Universidade do Oeste Paulista, pela Faculdade de Medicina “Dr. Domingos Leonardo Cerábolo”, com Residência Médica na especialidade de Pediatria, pela Faculdade de Medicina de Marília.