Dor na amamentação

Amamentação
Algumas mamães relatam sentir dor na hora de amamentar. Mas afinal, até que ponto isso é normal? Confira neste artigo.

O aleitamento materno gera inúmeros benefícios para mãe e filho. Além do valor nutritivo para os bebês, o leite materno protege as crianças contra infecções, alergias, algumas doenças crônicas e cânceres infantis.

Para a mãe, a amamentação reduz o peso mais rapidamente após o parto, ajuda o útero a recuperar o tamanho normal, diminui o risco de hemorragia e anemia e reduz o risco de diabetes e de desenvolver câncer de mama e ovário.

Há muitos benefícios gerados pela amamentação. No entanto, algumas mamães podem ter dificuldades na hora de amamentar e precisam de apoio e orientação.

É normal sentir dor ao amamentar?

No começo da amamentação, por ser algo novo ao corpo, é normal a mulher sentir uma dor moderada ou incômoda. 

As mamas ficam maiores, bem cheias e, algumas vezes, quentes. Tantas novidades no corpo, mais a sucção do bebê, podem provocar um pouco de desconforto ou dor nos primeiros dias. 

Entretanto, se a dor persistir por mais de uma semana ou os mamilos ficarem muito machucados, é importante averiguar com o médico a melhor forma de resolver o problema.

Causa mais comum da dor na amamentação

A causa mais comum de dor nas mamas é a falta de “encaixe” entre a boca do bebê e o peito, ou seja, uma posição inadequada da pega. Por isso, o primeiro passo é ver se o bebê está fazendo a pega direitinho.

A dor causada pela pega incorreta é bem característica, pois dói o mamilo, ou seja, o bico, e não “lá dentro” do peito. 

Além de machucar o mamilo, uma pega errada prejudica a produção de leite e, mesmo que você cuide do mamilo e ele cicatrize, se a pega estiver errada a ferida vai voltar.

Por isso, procure ajuda o quanto antes para corrigir a pega.

Pega adequada

É importante que mãe e bebê estejam confortáveis durante o aleitamento. A posição pode variar, mas alguns pontos da boa pega podem ser observados:

amamentando bebê

É importante que mãe e bebê estejam confortáveis durante o aleitamento. A posição pode variar, mas alguns pontos da boa pega podem ser observados:

  • A boca do bebê está bem aberta, com os lábios virados para fora (boquinha de peixe);
  • Além do mamilo, o bebê “abocanha” boa parte da aréola (a parte mais escura em torno do mamilo), de forma que ela fique mais visível na parte superior que na inferior;
  • Bochecha cheia, e não encovada enquanto suga;
  • O queixo do bebê encosta na mama e as narinas ficam livres para respirar;
  • O corpo do bebê está voltado para o corpo da mãe, barriga com barriga.

O que fazer para aliviar a dor?

Em primeiro lugar, ofereça o peito com bastante frequência ao bebê, mesmo que ele não esteja requisitando. Isso ajuda a solucionar a maior parte dos problemas.

Se você chegou a aprender alguma técnica de respiração ou relaxamento durante o pré-natal, tente usá-la ao amamentar. Pode ser que isso ajude a amenizar o desconforto no momento da “descida” do leite.

Caso seus seios estejam ingurgitados, o bebê poderá ter dificuldade para se posicionar direito e sugar de maneira eficiente. Neste caso, vale tentar começar com uma delicada massagem e depois ordenhar uma pequena quantidade de leite, só até o peito ficar macio o suficiente para o bebê conseguir abocanhar quase a aréola inteira.

Massageie ao redor do seio e depois ao redor da aréola. Por fim, faça uma pequena ordenha, puxando o seio para trás e para frente. Isso faz com que os ductos de abram e o colostro saia.

Entenda que, quanto mais bem ajustada ao seio a criança estiver, com uma boa pega, mais rapidamente a produção de leite se adapta às necessidades do pequeno, te deixando mais confortável também.

Dr Wesley Pediatra Santo Antonio da Platina

Dr. Wesley de Moraes Pereira Junior

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Sobre Dr. Wesley Pediatra Santo Antônio da Platina

Dr. Wesley Jr.

O Dr. Wesley de Moraes Pereira Junior é graduado na Universidade do Oeste Paulista, pela Faculdade de Medicina “Dr. Domingos Leonardo Cerábolo”, com Residência Médica na especialidade de Pediatria, pela Faculdade de Medicina de Marília.