10 mitos e verdades sobre o sono do bebê

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Quando o assunto é o sono do bebê, muitas recomendações nos são passadas. Mas afinal, o que será que é verdade e o que é mito?

Sempre escutamos muito sobre o sono dos bebês e em como fazer as noites deles, e da família, melhorarem. Apesar de serem diversos os conselhos, será que estes mais comuns de fato podem ajudar em algo?

Pensando nisso, trouxe hoje 10 desses conselhos. Confira.

1. É preciso uma rotina para o bebê dormir bem

Verdade, mas depende da idade.

A criança precisa, de fato, de uma rotina estabelecida para conseguir ter uma boa noite de sono. Uma pesquisa da Universidade de Saint Joseph (EUA) confirma que o simples fato da criança ir para a cama no mesmo horário todas as noites, melhora a continuidade do sono noturno e, consequentemente, contribui com o bom humor das mães.

Mas essa regularidade só é possível a partir do quinto mês, quando o bebê já produz melatonina – hormônio que induz à sonolência, assinalando ao organismo o momento de dormir. É aí que se deve estabelecer um ritual de sono, repetindo-o todas as noites, antes de colocar a criança na cama.

2. Todos os bebês aprendem a dormir sozinhos à noite.

Mito.

Apenas 10% dos bebês desenvolvem a capacidade de adormecer sozinhos, empregando recursos como balançar, segurar um paninho ou chupar o dedo. Os demais têm de ser ensinados.

Nos três primeiros meses, o bebê repete vários ciclos de mamada, cocô e sono. Por isso, não adianta tentar acostumá-lo a dormir a noite toda nessa fase. Essa é mais uma razão para concentrar os esforços a partir do quinto mês, com a criação de um ritual.

3. Se o bebê não tirar sonecas durante o dia, dormirá a noite toda.

Mito.

O recém-nascido pode dormir em torno de 16 a 19 horas diárias, distribuídas entre o dia e a noite. 

Com o passar dos meses, o sono se concentra à noite e vai gradativamente diminuindo durante o dia. Por volta dos 6 meses, o bebê dorme em torno de 12 horas diárias, com um sono predominantemente noturno, e tira duas ou três sonecas, com duração média de uma hora cada.

As sonecas costumam durar até os 3 ou 4 anos, mas variam de uma criança para outra.

4. Recém-nascido pode acabar trocando o dia pela noite.

Verdade.

Essa confusão é comum nos três primeiros meses, quando ele ainda não percebe a diferença entre dia e noite. Com 6 meses, o sono já deve estar concentrado no período noturno.

Para evitar que a troca aconteça, não custa reforçar que os pais precisam estabelecer regras e rotina, com horários regulares para dormir.

5. Quando um bebê acostuma a dormir no colo, torna-se mais difícil fazê-lo dormir sozinho no berço.

Verdade.

Se os pais sempre embalam o filho no colo, estão ensinando que é dessa forma que se adormece, e, acredite, ele assimilará essa informação. Quando acordar no meio da noite, é possível que chore e fique assustado por não reconhecer onde está.

Para evitar noites conturbadas, o ideal é que, desde o início, os pais deixem a criança pegar no sono no próprio berço. 

É aconselhável que, após mamar, o bebê arrote ainda no colo. Em seguida, é só esperar uns minutos para o leite se acomodar no estômago e assim colocá-lo no berço, ainda acordado.

6. Naninha ajuda o bebê a dormir.

Verdade.

A naninha, também chamada de objeto de transição, pode ser uma fralda de pano, cobertinha, bichinho de pelúcia ou qualquer objeto com o qual a criança crie um vínculo.

Os objetos transicionais simbolizam a figura materna para a criança, pois há uma inevitável associação com o colo e o aconchego, substituindo assim a presença da mãe na mente da criança. A naninha é um objeto que o bebê conhece, sabe que é dele e vai ajudá-lo a sentir-se seguro na hora de dormir.

7. É preciso silêncio total na hora em que o bebê estiver dormindo.

Mito.

Isso é um mito, pois basta um ambiente calmo. Não é necessário silêncio absoluto. Claro que, os pais não devem assistir a um filme de ação em volume alto, por exemplo, mas podem fechar a porta do quarto da criança e ver TV na sala ou conversar em volume moderado.

8. O bebê pode cochilar na cadeirinha do carro.

Verdade.

Desde que seja para cochilos breves. Se for para o bebê dormir à noite toda, é importante que ele esteja no berço, já que o colchão proporciona as condições ideais para o descanso.

9. Após o primeiro mês, não é necessário acordar um bebê que dorme a noite toda.

Verdade.

No começo, é natural que o bebê acorde sozinho em pequenos intervalos, já que o volume pequeno de seu estômago fará com que precise mamar com mais frequência.

Por isso, o recomendável é que, nas duas primeiras semanas de vida, o bebê mame, no máximo, a cada três horas. Ou seja, neste início, é melhor acordá-lo sim, uma vez que não dá para saber se o pequenino está dormindo por saciado ou se está caminhando para uma hipoglicemia (baixo nível de glicose no sangue).

Depois dessa fase, mãe e filho devem consultar um pediatra, para verificar se a amamentação está bem estabelecida. Em caso positivo, o recomendado passa a ser a amamentação em livre demanda, sem a necessidade de acordar.

10. Na época do desfralde, deve-se diminuir a ingestão de líquidos antes de dormir.

Verdade.

O ideal é sempre conversar com o pediatra para que seja estabelecido como proceder com as mamadas, porém, geralmente, a recomendação é diminuir a ingestão de líquidos antes de dormir, visando evitar o xixi noturno.

Dr Wesley Pediatra Santo Antonio da Platina

Dr. Wesley de Moraes Pereira Junior

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Sobre Dr. Wesley Pediatra Santo Antônio da Platina

Dr. Wesley Jr.

O Dr. Wesley de Moraes Pereira Junior é graduado na Universidade do Oeste Paulista, pela Faculdade de Medicina “Dr. Domingos Leonardo Cerábolo”, com Residência Médica na especialidade de Pediatria, pela Faculdade de Medicina de Marília.