A relação entre as cólicas dos bebês e a alimentação das mães levam diversas pessoas a darem palpites na dieta da nutrizes no período de amamentação.
O fato é que, não há uma comprovação científica de que aquilo que a mãe come pode realmente causar cólicas no bebê. O que acontece é que existem bebês que possuem alguma sensibilidade a alguns alimentos e estes, quando ingeridos pela mãe, podem fazer com que a criança venha a ter cólica.
Mas vale deixar claro que, como nenhuma criança é igual a outra, não podemos dar uma mesma rotina alimentar para todas as nutrizes. Cada mamãe precisa observar sua alimentação, principalmente quanto aos alimentos que não fazem parte de sua rotina.
É preciso sempre estar atento se o bebê irá apresentar cólicas após a ingestão de algum alimento.
A seguir, listei alguns alimentos que possuem uma relação maior com as cólicas dos bebês, de um modo geral.
• Leite de Vaca: a proteína encontrada nesse leite é diferente do nutriente do leite materno. Por conta disso, no organismo do bebê, essa proteína pode causar certas dificuldades, como gases ou até mesmo o chamado peristaltismo, que é o aumento dos movimentos do intestino, podendo causar cólicas no bebê.
• Chocolate: apesar de ter um baixo estudo científico quanto ao chocolate, muitas mamães relatam que, após a ingestão do alimento, houve um aumento das cólicas em seus filhos. A maior probabilidade é que esta relação seja mais por conta das proteínas do leite utilizado na fabricação do chocolate. Porém, para que a cólica realmente seja culpa do chocolate, o consumo do mesmo necessitaria ser em grande quantidade.
• Leguminosas: alimentos como soja, feijão, ervilha, vagem, e tantos outros desta família, possuem alguns tipos de carboidratos que, em nossa digestão, não são absorvidos, causando uma fermentação no intestino. Caso a microbiota intestinal (flora intestinal) da mãe não esteja em boas condições, a fermentação será maior, podendo ser passada para o bebê através do leite, causando um mal-estar e uma possível cólica.
• Carnes vermelhas: assim como as leguminosas, uma boa digestão de carnes vermelhas necessita que a microbiota intestinal esteja regulada, caso contrário, bactérias ruins podem fermentar a carne, causando um desconforto abdominal para a mãe e, consequentemente, para o bebê. Apesar disso, não há evidências documentadas de tal influência. Por isso, cabe a mãe perceber o quanto a ingestão deste alimento pode realmente estar causando cólicas no bebê.
• Café: no caso da café, assim como chá-verde ou erva mate, as mamães tendem a ter uma certa confusão. A cafeína em si não causa cólica, porém seu efeito mexe com o bem-estar do bebê, por ser estimulante, o que pode causar uma agitação nos pequenos, fazendo com que as mamães confundam esta agitação com cólica.
Ressalto que não há comprovação científica de que estes alimentos possam causar cólicas, porém é interessante que mamães lactantes diminuam o consumo destes itens em período de amamentação.
Alimentos NÃO indicados para nutrizes
1. Aspartame
O aspartame é um aditivo alimentar utilizado para substituir o açúcar comum, tendo o poder de adoçar cerca de 200 vezes mais que o açúcar. O aspartame pode ser encontrado em alguns adoçantes e pode acarretar inúmeros malefícios ao nosso organismo.
Por conta disso, adoçantes em geral são proibidos para lactantes e grávidas.
O ideal é que os alimentos sejam adoçados com produtos mais naturais como o mel ou açúcar mascavo. Mas caso haja a necessidade da utilização de adoçante, dê preferência à sucralose, que é uma substância derivada da cana-de-açúcar.
2. Bebidas alcoólicas
O álcool possui o poder de diminuir a absorção de nutrientes dos alimentos ingeridos pela mãe e, consequentemente, faz com que o bebê não receba uma nutrição adequada no período de amamentação.
Esta falta de nutrientes pode deixar a criança mais sonolenta e com menos fome, o que acaba atrapalhando seu ganho de peso.
Além disso, bebidas alcoólicas podem destruir as células nervosas da criança.
É importante que a mamãe sempre fique atenta a qualquer sinal que indique cólica no bebê, para que assim possa realizar alterações em sua dieta. Além do mais, é preciso um acompanhamento do pediatra para que este possa indicar os melhores alimentos com base na saúde e no organismo da mãe e do bebê, visto que ambos possam vir a apresentar alguma deficiência nutricional ou até mesmo alergias a algum alimento.
