Você já fez sua rotina do sono com o bebê, colocou ele para mamar, deixou ele adormecido no berço e agora está prestes a ter seu merecido descanso noturno quando, de repente, escuta um “cof, cof, cof” vindo do quarto do seu pequeno.
A sensação de alívio por uma prestes relaxante noite de sono acaba indo por água abaixo, dando espaço ao desespero e, muitas vezes, à uma sensação de impotência e exaustão por não saber o que fazer.
Essa é uma situação clássica, assim como tantas outras, em que toda mamãe e papai acabam passando.
Infelizmente poucos são aqueles que sabem o que fazer nesse momento e, como medida desesperada, acabam medicando o bebê por conta própria.
É compreensível, porém inaceitável!
Nunca dê medicamentos ao seu filho sem a prescrição do pediatra, pois até mesmo um xarope inofensivo para a tosse pode causar reações indesejáveis em alguns casos.
“Mas o que eu faço então?”
Bom! Antes de tudo é preciso identificar o causador da tosse do bebê.
Os causadores mais comuns são problemas respiratórios como gripe ou resfriado, onde os sintomas podem ser a presença de catarro, nariz entupido e dificuldades em respirar. Já outros causadores menos comuns são a laringite, o refluxo, a bronquite, asma, pneumonia, coqueluche e até mesmo a aspiração de algum objeto.
Vale frisar que é sempre importante a avaliação do pediatra para um diagnóstico mais preciso e que existem alguns sintomas e situações que podem indicar a necessidade da avaliação imediata do profissional.
Quando a tosse do bebê precisa de avaliação médica?
Busque ajuda profissional sempre que o bebê estiver com tosse e:
- Tiver menos do que 3 meses de idade;
- Tiver tosse por mais de 5 dias;
- Se a tosse for prolongada e forte, tal como uma “tosse de cachorro”;
- Se o bebê estiver com uma febre de 38° ou mais;
- Caso a respiração estiver mais rápida do que o normal ou se o bebê estiver com dificuldade ou apresentando algum barulho ou chiado ao respirar;
- Se houver muito catarro ou catarro com fios de sangue;
- Caso o bebê possua alguma doença cardíaca ou pulmonar.
Como aliviar a tosse do bebê
Se nenhum item da lista apresentada acima for o caso, o melhor a se fazer inicialmente é ajudar o bebê a respirar melhor. Para isso, busque manter a cabeça do pequeno mais elevada, seja em seu colo ou no berço.
Uma vez controlada a respiração, ofereça um pouco de água em temperatura ambiente a fim de hidratar as cordas vocais e fluidificar as secreções. Se o bebê tiver menos de 6 meses e possua em sua alimentação apenas leite, pode ser benéfico aumentar a oferta do leite nesse período.
Outra recomendação é pingar soro fisiológico nas narinas do bebê. Dentro das narinas existem cílios nos quais partículas nocivas se grudam, protegendo assim o organismo. Quando o interior do nariz seca, essa limpeza não consegue ser realizada de uma forma adequada. Por isso a importância em manter essa região hidratada.
Cuidado com o umidificador
Se pensarmos em hidratação das narinas, o umidificador no quarto do bebê parece ser uma boa escolha, não é mesmo?! Bom, nem tanto!
O umidificador de ar pode ser útil para a hidratação das vias aéreas, mas também pode ser prejudicial em certos casos, como os de alergia, por exemplo.
O excesso de umidade no ambiente pode propiciar a proliferação de mofo e ácaros, o que não é nada agradável em casos de famílias com históricos de alergia.
Caso você sinta a necessidade da utilização do aparelho para melhorar a qualidade do ar, recomenda-se:
- Não deixar o aparelho ligado por muito tempo. O ideal é que este período não passe de 3 a 4 horas;
- Sempre deixar a porta ou janela aberta enquanto utiliza o aparelho para promover a circulação do ar;
- Se possível, fazer a umidificação do ambiente sem a presença do bebê;
- Ter cuidado com a temperatura do ambiente para não torná-lo quente e úmido.
E mel, pode?
O mel é uma substância natural que, teoricamente, não faz mal a ninguém. Porém não é bem assim!
Devido ao organismo ainda sem proteção contra a bactéria Clostridium botulinum, crianças com menos de 1 ano não podem consumir mel.
Esta bactéria é responsável pela transmissão do botulismo, que é uma doença que atinge nervos e músculos, podendo ser fatal.
Outra restrição do mel refere-se a àqueles que possuem alergia a pólen e picada de inseto, pois tanto crianças quanto adultos que possuem essa alergia, podem apresentar intolerância ao mel.
Caso nenhuma destas contraindicações seja o caso de seu pequeno, então você poderá misturar uma colher (de café) de mel com um pouquinho de água e oferecer à ele.
Em resumo, todas estas dicas e orientações podem ajudar a aliviar a tosse do bebê, porém devemos sempre lembrar que a tosse é apenas um sintoma, não uma doença. Logo, para ter um diagnóstico mais preciso da causa desta tosse, consulte seu pediatra.