A recomendação para que novos alimentos sejam introduzidos na alimentação do bebê é a partir do sexto mês de idade. Antes disso, apenas o leite materno é suficiente para mantê-lo forte e saudável, devido a sua quantidade de nutrientes, que são necessários para seu desenvolvimento.
Existem crianças que, pela orientação do pediatra, necessitam ser alimentadas com fórmulas de leite, mas, a menos que o profissional faça modificações nesta rotina alimentar, estas crianças também devem passar para a alimentação sólida a partir do sexto mês.
Mas atenção, mamãe! Mesmo estas sendo as principais recomendações, é sempre importante discutir cada situação com o pediatra que acompanha seu filho. Somente assim você poderá ter certeza de qual a melhor alimentação para ele.
A introdução aos novos alimentos
Os primeiros alimentos a entrarem no cardápio são as frutas, que devem ser amassadas como papinhas, ou servidas como sucos.
Segundo a Sociedade Brasileira de Pediatria, não há uma melhor fruta para começar. O ideal é que o tipo de fruta a ser oferecido respeite características regionais, custo, estação do ano e presença de fibras.
Apesar disso, alguns nutricionistas dão preferências às frutas cítricas, como a laranja, limão e a acerola, por serem ricas em vitamina C.
A nova rotina da introdução alimentar
O ideal é que você vá apresentando essas frutas aos poucos, de preferência nos períodos da manhã e da tarde, uma de cada vez, para que seja possível observar as reações que o bebê irá apresentar ao consumir cada fruta.
Pode acontecer do pequeno não apreciar muito o gosto e rejeitar o alimento. É normal. Porém, aos poucos você conseguirá ir educando o paladar da criança até que ela aceite essa novidade.
Experimente raspar ou amassar banana (prata, maçã ou nanica), pera ou maçã (crua ou cozida) e dar com uma colher pequena, aumentando a quantidade à medida que o bebê demonstrar mais interesse.
Existem algumas crianças que desenvolvem mais rapidamente sua capacidade de mastigação, assim como seu desenvolvimento motor. Neste caso, é possível oferecer a fruta em pedaços, permitindo que o bebê pegue com a mão e leve até a boca. Assim, ele poderá ir tendo uma relação melhor com o alimento.
Mas atenção, mesmo que seu filho tenha este desenvolvimento adiantado, não inicie a introdução alimentar antes dos 6 meses, a menos que seja uma orientação médica.
Alergias na introdução alimentar
Nesta fase, é importante ter atenção quanto ao histórico de alergia familiar e, principalmente, do bebê.
Segundo a ASBAI (Associação Brasileira de Alergia e Imunopatologia), estima-se que as reações alimentares de causas alérgicas verdadeiras acometem de 6 a 8 por cento das crianças com menos de 3 anos de idade.
Em geral, 10% das crianças pequenas sofrem alguma reação alérgica à frutas como morango, amora, pêssego e kiwi, por exemplo.
Apesar de não haver contraindicações de frutas neste período, é importante acompanhar possíveis sintomas que possam surgir a cada nova fruta (e outros alimentos mais adiante) introduzida na dieta do bebê.
Sintomas
Os sintomas de alergia alimentar no bebê podem surgir de poucos minutos até algumas horas após a ingestão do alimento, podendo manifestar-se através da pele, do aparelho digestivo e do aparelho respiratório da criança.
Os sinais e sintomas mais frequentes que podem ocorrer devido à alergia a um alimento são:
- Manchas avermelhadas, inchadas e espalhadas pelo corpo;
- Coceira generalizada;
- Vômitos e diarreia;
- Gases e cólicas;
- Inchaço da língua, lábios e cara;
- Tosse e chiado ao respirar;
- Dificuldade para respirar;
- Nariz escorrendo.
Além destes sintomas, em casos mais graves pode ocorrer perda de consciência. Por isso, sempre observe possíveis sinais após introduz um novo alimento na dieta do bebê e relate-os ao pediatra.
Como introduzir alimentos na dieta do bebê?
Todo bebê necessita de um certo tempo para se adaptar aos novos gostos e consistências dos alimentos. Por isso, o ideal, como dito anteriormente, é que estes sejam introduzidos aos poucos.
Além disso, uma introdução alimentar gradual de diferentes alimentos irá possibilitar que você identifique e relacione possíveis sinais de reação alérgica ao alimento oferecido, podendo assim relatar ao pediatra.
Então, experimente oferecer um alimento novo a cada dois ou três dias, tendo as frutas como os primeiros alimentos da lista.
Após passar a fase inicial das frutas, você poderá começar a oferecer comidas salgadas, mas que sejam preparadas com nenhum ou muito pouco sal. O ideal é que estes novos alimentos façam parte, inicialmente, do almoço.
Uma vez perceber que seu filho já está mais adaptado e aceitando bem a esta nova alimentação do almoço, você poderá começar a oferecer tais alimentos no jantar também.
Lembre-se: é normal os pequenos rejeitarem certos alimentos. Por isso, caso seu bebê demonstre que não tenha gostado de alguma comidinha, espere alguns dias para oferecê-la novamente. Aos poucos ele poderá ir se acostumando com esse sabor.
Como descobrir se o bebê já está satisfeito?
Quando a criança se recusa a abrir a boca para a próxima colher, vira o rosto ou começa a brincar com a comida, é porque provavelmente está satisfeita.
É normal que o apetite do pequeno, assim como o nosso, mude a cada refeição. Então, não se preocupe muito por achar que seu bebê não está comendo bem ou por achar que apenas uma única refeição ao dia não é o suficiente.
Segundo o Ministério da Saúde, a quantidade total de comida para um bebê de 6 meses é de cerca de 100 g de papinha bem amassada por refeição (almoço e jantar), o que dá aproximadamente 2 ou 3 colheres de sopa cheias. Porém, essa quantidade pode chegar até 180 g, visto que cada bebê tem um tamanho e um tipo de organismo.
Além disso, como o leite materno deve ser mantido, o pequeno estará ingerindo os nutrientes necessários.
O importante nessa etapa, mamãe, é que você esteja atenta a qualidade destes alimentos, mas caso perceba que há muita rejeição, converse com seu pediatra.