A preocupação com a posição em que o bebê deve dormir é algo muito presente na vida dos pais e de muitos avós.
Segundo a recomendação da Academia Americana de Pediatria (AAP), assim como o Ministério da Saúde brasileiro e a Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP), os bebês devem dormir em decúbito dorsal, ou seja, com a barriga voltada para cima.
Além de possibilitar que o bebê respire melhor, a posição diminui o risco de engasgo, pois permite girar a cabeça para o lado em caso de vômito, e reduz a probabilidade de morte súbita.
Nos Estados Unidos, a recomendação ganhou força em meados da década de noventa e, desde então, o número de óbitos de bebês por morte súbita caiu pela metade.
Já aqui no Brasil, tal orientação passou a ser publicada na Caderneta de Saúde da Criança (documento importante para acompanhar a saúde, o crescimento e o desenvolvimento da criança) em 2007, pelo Ministério da Saúde.
Segundo a Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP), colocar o bebê para dormir de barriga para cima pode reduzir em até 70% o risco de morte súbita, principalmente em bebês de até 6 meses.
Síndrome da Morte súbita do Lactente
A Síndrome da Morte Súbita do Lactente (SMSL) é definida como o óbito inesperado de um bebê no qual a autópsia não consegue apontar o motivo.
Essa é a principal causa de óbito de bebês com menos de 6 meses de vida e, geralmente, ocorre durante o sono noturno, principalmente quando a criança é colocada para dormir de bruços, com a barriga para baixo.
Além da posição ao dormir, podem servir de gatilho para disparar tal síndrome:
- a asfixia por compressão das vias aéreas ou inalação excessiva do gás carbônico exalado na posição com o rosto para baixo;
- a hipertermia causada pela compressão da face contra o travesseiro ou o colchão;
- o nascimento prematuro e a imaturidade dos mecanismos cardiorrespiratórios e de controle térmico.
Vale lembrar que os cuidados devem ser redobrados no caso de bebês prematuros, já que eles costumam ser mais frágeis por conta da imaturidade do sistema cardiorrespiratório.